Em 1959 chegava aos cinemas Ben-Hur. A partir daquele momento o cinema nunca mais foi o mesmo. O filme, dirigido por William Wyler e estrelado por Charlton Heston, tornou-se uma obra prima da sétima arte.
A trama se passa na Judeia dos tempos de cristo, quando a região estava sob o terrível jugo de Roma. Nesse contexto, o aristocrata judeu Judah Ben-Hur é acusado injustamente, pelo seu melhor amigo, o romano Messala, de tentar matar o governador. Judah então é vendido como escravo, assim como sua mãe e irmã. Ele jura vingança contra Messala, porém, seu caminho é cruzado por um misterioso homem de Nazaré. Tal encontro faz Judah se questionar se vale a pena viver com ódio no coração.
Lew Wallace, autor de Ben-Hur.
O filme é uma adaptação do livro do general norte-americano Lew Wallace que, ironicamente, era ateu. Lew Wallace escreveu a obra disposto a provar que Jesus era um mito. No entanto, por meio de pesquisas bíblicas, o autor se convenceu da existência de Cristo. Em suas próprias palavras declarou “Comecei a escrever um livro para provar que Jesus nunca existiu, quando me dei conta, estava provando que ele de fato existiu”.
Ben-Hur já havia sido adaptado para os cinemas em 1905 e 1925, mas nenhuma versão se comparou a de 1959. O estúdio MGM não poupou esforços para realizar um grandioso épico. Até 1959, Ben-Hur foi, talvez, o maior filme já produzido. A trilha sonora composta por Milkós Rosza é impactante e emocionante, um verdadeiro espetáculo. Até então, nunca havia sido construído um set de filmagem tão grandioso como o usado no circo de Roma. Cobria mais de 18 hectares, o que correspondia a mais de 70 mil metros quadrados. Possuía quatro estátuas com mais de 9 metros de altura e arquibancadas com cinco metros.
Até então, nunca havia sido construído um set de filmagem tão grandioso como o usado no circo de Roma.